Metáforas, comparações e outras coisas
Talvez porque a mente humana não foi feita para compreender tamanha complexidade que nos cerca, as coisas além dessa capacidade física nos leve a uma pane. E no meu sistema, as panes são perigosas.
No Tarot, a última carta dos arcanos maiores é a carta "O Mundo", ela carrega a simbologia dos objetivos alcançados e de realizações. Levando em consideração a trajetória até ela, não se pode jamais desconsiderar "A Morte", "O Diabo", etc.
Estou falando sobre isso porque acredito que as crenças são como bases que mantém a sanidade de muitas pessoas, que lhes dão motivos para seguir, ou uma razão pela qual estar aqui. Embora seja esse o ponto que mais cutuca aquela caixinha na consciência que abre um portal para o subconsciente.
Não somente as crenças. Mas a filosofia. A ciência. A vida em sua puríssima essência, que é a que cada um encontra para e em si.
Ainda sobre Tarot, eu gosto muito do significado da carta "A Roda da Fortuna", até pretendo eternizá-la em minha pele como um lembrete recorrente, um mantra habitual que eu preciso me lembrar de seguir.
Nós, seres humanos, não entendemos muitas coisas do que nos afeta, que estão ao nosso redor, o que acontece com nosso vizinho de cima, de baixo, da esquerda ou da direita, sejam eles nosso cérebro ou nosso coração. Os sentimentos, como bem sugere a palavra, são sentidos, e não descritos, e prefiro acreditar que seja por essa razão que é tão difícil descrever a tragédia que é a vida. Por isso que choramos, por isso que rimos, as dores que sentimos como os reflexos em nossos nervos, tudo isso que fazemos, não se descreve.
A vida é como uma peça de teatro caótica mal dirigida, com elencos e elencos e personagens com personalidades que se contradizem o tempo todo, e se por destino ou algo assim, pode se dar muito certo, ou se por azar ou consequência, pode dar muito errado.
Porque se dá certo ou errado, não depende de nós, e isso deveria ser como a libertação de pesadas correntes presas aos nossos pulsos. Como a questão de controle que nos foge, aquilo que não está em nossas mãos.
No entanto, é como se a corrente hipotética se tornassem as mãos gigantecas e poderosas que poucos com muito repousam sobre o topo do planeta, recaindo sobre nós como uma cascata densa e sufocante. E logo, sinto que depender ou não de mim, já é algo que beira uma utopia, e viver com esse pensamento é como transformar as correntes em uma gaiola em torno de mim.
Como a Redoma de Vidro descrita por Esther na obra de Sylvia Plath, aquela Redoma que continua sobre ela, mas um pouco acima, permitindo-a que respire, mas que ela sabe que a qualquer momento…pode sufocá-la novamente.
Por isso penso tanto, e penso na "Roda da Fortuna", na "Lua" e no "Sol".
Vai que eles têm algo a me dizer.
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