A corda bamba entre consciência e liberdade

 Embora não haja um autor específico, a citação: "A consciência liberta ou aprisiona?", é frequentemente colocada em discussão para o que abre uma lista crescente de condicionais e constatações.

Para mim? Existe um fio muito pequeno que une os dois conceitos e que deve-se encontrar o equilíbrio.

Há um ponto de partida para seguirmos ao desenrolar deste fio: a ignorância.

Muitas das vezes, a ignorância se torna uma forma de proteção para mantermos nossa sanidade mental. Como se fechar os olhos traga um senso de "solução" mesmo que não seja bem assim. Porque determinados problemas não estão em nossas mãos para que nossa decisão signifique alguma coisa. A sensação de impotência parece um abismo ao ser humano. Reconhecer o quão pequenos, insignificantes e irrelevantes nós somos faz com que nos sintamos péssimos mesmo essa sendo uma realidade muito amarga. O que também é ótimo, porque isso te torna livre. 

O nosso planeta é relativamente pequeno.

Estamos orbitando uma estrela cuja massa é 333.000 vezes maior do que a Terra.

Antes de nós, existiu alguma coisa, que antes dessa coisa existiu outra coisa.

Em contrapartida com o que eu apresentei lá em cima, fechar os olhos para as coisas que não podemos solucionar como um bem para nossa saúde mental é algo diferente da ignorância completamente opcional porque simplesmente não nos importamos. E isso aprisiona.

Quando poderíamos estar fazendo algo pequeno em nossa insignificância regando com as boas intenções, e deixamos de fazer por acreditar que não faz diferença, não permitimos que aquela semente germine, crie raízes e brote. 

Toda árvore é plantada e leva seu tempo.

Depois que os frutos vêm.

Eles trazem mais sementes.

Para o plantio de mais árvores.

Porque nós, antes de sociedade, somos os indivíduos que a faz. 

O senso de responsabilidade não deve vir com a cobrança de heróis do mundo, nós jamais poderemos ser por mais que isso doa. E assim, sentimos livres, coexistindo com as soluções que podemos dar. Compreender a raiz é uma forma de se livrar de uma alienação silenciosa mais perigosa ainda do que a ignorância que surge por vontade própria, porque é bem esta que impede que as pessoas tenham suas conclusões, e alguém sem direito de pensar, perde seu direito de existência.

Porque o que nos faz humanos, é nosso pensamento de forma (supostamente) consciente e racional.

Meu lema? 

Nunca subestime as sementes plantadas hoje porque estas podem se tornar as árvores frutíferas de amanhã.