O céu de primavera

Existem vezes que olhamos para o céu e sua vasta imensidão provoca um senso de existência dentro de nós mesmos, ou de que nada parece real, porque o céu nos faz sentirmos infinitos e existe uma coisa no conceito de infinito que os seres humanos são incapazes de compreender.
Mas acredito que é importante o reconhecimento de que fazemos parte deste céu, vem ele da mesma natureza que nós, somos nuvens esparsas mudando de forma dia após dia, nunca em dois o céu permanece idêntico, deve-se mudar algo na tonalidade, no formato de uma nuvem, na luz solar através de nosso satélite natural. Que as estrelas, mesmo sendo sempre as mesmas, não estão mais vivas, porém seguem brilhando aqui, umas explodindo tornando-se enormes campos de massa, outras sequer estrelas se tornaram ainda e que brilharão para nós em algum período de tempo muito distante, porque é um ciclo infinito
A renovação que surge dentro dos ciclos naturais é infinita, porque "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" bem como nós, o corpo morto que aduba a terra, o espírito que resplandece numa reencarnação. Somos infinitos porque nossa natureza é, e assim nos fez, nos formou.Que ao menos seja uma vida boa.
Como o céu alaranjado após uma tempestade primaveril na espera das flores que caíam dos ipês amarelos ou brancos ou rosas ou lilases, como um ciclo que se mantém redondo.
E assim é que é.

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